AUDITORIA DE CRONOGRAMAS: CONFIRME O CAMINHO CRÍTICO (3/4)

O Segundo grupo, das melhores práticas para elaboração de cronogramas, recomendado pelo Guia de Avaliação de Cronogramas, diz respeito a um cronograma Bem Construído, sendo o terceiro processo deste grupo: Confirme o Caminho Crítico.

III. Confirme o Caminho Crítico: A Boa Prática seis tem várias medidas padrão para avaliar a validade de um Caminho Crítico (CC).  Começando no marco de conclusão do projeto, rastreando a sequência de atividades até a data de status. Essa  sequência  de  atividades  deve ser direta, contínua e igual ao CC - definido pela menor folga total - na ausência de restrições de data.

Os CC´s para os principais marcos intermediários também podem ser avaliados conforme aplicável. No Quadro 1 apresentamos a lista das Boas Práticas para confirmação do Caminho Crítico.

Quadro 1 – Relação das boas práticas para Confirmar o Caminho Crítico -  adaptado do GAO- 16-89G

O estabelecimento de um caminho crítico válido é necessário para examinar os efeitos de qualquer atividade que “escorregue” ao longo desse caminho.

Quadro 2 – Exemplo das métricas para confirmar o Caminho Crítico ou mais Longo.

Figura 1- Relação entre os processos de Abrangência; Bem Construído e Confirmação do Caminho Crítico; conforme o Schedule Assessment Guide.

Quadro 3- Lista das métricas para confirmar o Caminho Crítico e mais Longo.

O caminho crítico determina a duração geral do projeto e orienta os gerentes de projetos na alocação de recursos e no monitoramento de possíveis atrasos, Figura 2, enquanto o caminho mais longo (CL) foca nas atividades necessárias para atingir marcos específicos ou datas-alvo dentro do projeto, Figura 3. Entender ambos os caminhos permitem que os gerentes de projeto otimizem os cronogramas do projeto, minimizem atrasos e entreguem resultados bem-sucedidos.

Figura 2 – Caminho mais longo e caminho crítico identificados (Filtro: Caminho Crítico)

Figura 3 – Filtro: Caminho mais longo

As principais características do caminho mais longo (CL) incluem:

• Foco em marcos cruciais: o CL permite que os gerentes de projeto concentrem sua atenção nas tarefas mais importantes que contribuem diretamente para atingir marcos cruciais.

• Alocação eficiente de recursos: ao se concentrar no CL, as equipes de projeto podem alocar recursos estrategicamente, otimizar esforços e garantir a conclusão oportuna de entregas significativas do projeto.

• Satisfação das partes interessadas: essa abordagem ajuda a manter o ritmo do projeto, aumenta a satisfação das partes interessadas e permite o acompanhamento eficaz do progresso do projeto.

• Conclusão em Tempo Oportuno: ao priorizar as tarefas no CL, os gerentes de projeto podem garantir que as atividades críticas sejam concluídas dentro do prazo planejado. Isso ajuda a manter o ritmo do projeto e evita gargalos.

  
  

Caminho Mais Longo - Driving Path* - Os cálculos das Folgas Totais (FT) são direcionadas para a FT de cada atividade da rede. Se o valor da FT for zero, ou de menor Folga Total, então haverá sinalização que a atividade é crítica. No entanto, isso não significa necessariamente que a atividade esteja no Caminho Mais Longo (DP); apenas nos diz que a atividade é crítica. Tem-se a ideia equivocada de que todas as atividades críticas estarão contempladas no CC, o que nem sempre se verifica!. Como exemplo, poderemos citar alguma restrição de data ao longo do projeto,  que  irá  sinalizar  a atividade  como  crítica.  Mas  se  esta  atividade  for  postergada,  ela provavelmente não impactará  a  data de término  do  projeto, mas  ela  ultrapassará  a  sua data  de restrição; é por isso que ela é sinalizada como crítica de uma perspectiva da FT <= 0, mas não estando contemplada no CC.

Por outro lado, o DP, através da rede de precedências, só considerará atividades como críticas se elas estiverem em um caminho contínuo do início ao fim do projeto. Normalmente, esse é um único caminho no qual qualquer atividade que seja postergada impactará a data final do projeto. Desta forma, poderemos validar o DP em detrimento do número alto de esperas e folgas longas.

* A Driving Path can be identified for any key milestone or activity to determine the sequence of activities driving its finish date. GAO – Government Acoutability Office – Schedule Assestement Guide, 2015, pag. 78 

Saiba mais, rastreabilidade horizontal e vertical: https://www.gsmanagement.com.br/post/auditoria-de-cronogramas-rastreabilidade-2-4